Oração, mente vazia, pé direito e tapa no capacete: conheça os rituais dos atletas de Bobsled e Skeleton em Gangwon 2024
22 de janeiro de 2024Via COB

Marina Ziehe/COB
Um bom desempenho é resultado de muito treino, dedicação, abdicação e foco. Mas, pra ter um pouco mais de confiança, toda ajuda é bem-vinda. Os atletas do bobsled – André Luiz da Silva e Luis Filipe Seixas – e os do skeleton – Caue Miota e Eduardo Strapasson – que representarão o Brasil nestes Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude irão fazer suas únicas descidas na competição nesta terça-feira, 23. Eles contaram quais são as rotinas que seguem antes de pularem no trenó na maior velocidade possível.

Luis Filipe antes de descer no treino no Alpensia Sliding Centre – Foto: Marina Ziehe/COB
Para Luis Filipe, o momento da oração é o momento de concentração. “Não tenho nenhum ritual específico para fazer antes das descidas, mas como eu sou cristão, gosto muito de orar antes de descer. Eu tiro um tempinho ali, peço para Deus descer comigo no trenó e é isso”, contou Luis Filipe.
Mas para Eduardo Strapasson, a “reza” são os momentos de relaxamento e de deixar a cabeça o mais tranquila possível. “Sempre tento fazer brincadeiras com os outros atletas, com a comissão técnica, ou cantar alguma música”.
Mas não é só isso. “Também inspiro e expiro bem fundo desde o vestiário até começar a corrida. Isso me ajuda a deixar a minha mente o mais vazia possível porque preciso estar calmo pra descer bem”, completou.
Serão 17 desafiadoras curvas no circuito de 2.018 metros do Alpensia Sliding Centre, em Pyeongchang. A largada, ou “push”, é sempre um momento importante e, por isso, para André Luiz é importante começar com o pé direito.
“Antes de ir para pista, faço minhas orações e me concentro bastante, tentando visualizar o circuito na cabeça. E antes de descer, piso três vezes no gelo com o pé direito”, contou.

Caue Miota ajeita o capacete para o treino em Gangwon 2024 – Foto: Marina Ziehe/COB
A energia positiva que Caue busca para duas descidas está em casa e seu pensamento voa até o Canadá, onde está a base dele. “Antes de descer, sento e faço uma oração pedindo proteção e, nesse momento, também reflito sobre por quem estou competindo: meus pais, minha família e meu país”, contou o atleta que reside em Calgary. “Depois disso, no vestiário mesmo, coloco meu capacete, dou dois tapas e estou no jogo”, completou.
O jogo dele, mais precisamente de todos os atletas masculinos do skeleton, começa às 17h30 do dia 23, no horário local (5h30 no horário de Brasília). Caue será o 12º atleta na primeira descida e Eduardo Strapasson, o 17º. A prova do monobob, de André Luiz e Luis Filipe, começa antes, às 14h30 (02h30 no horário de Brasília). Luis será o 16º a descer e André, o 17º. Os atletas fazem duas descidas e os três mais rápidos na soma dos tempos garantem medalhas.
Nas duas modalidades, a ordem da segunda bateria é definida pelo tempo de cada um. O atleta que fizer o pior tempo na primeira bateria é quem abre a segunda descida.
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