Saiba como os Jogos de Inverno da Juventude ajudaram Laura Amaro a ser medalhista no Pan 2023
30 de dezembro de 2023Faltam apenas 20 dias para o início dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude Gangwon 2024. O Brasil estará lá representado por 17 atletas, todos eles estreando em uma competição de nível olímpico. A história que muitos escreverão a partir do dia 19 de janeiro, data da Cerimônia de Abertura da competição que reúne as modalidades disputadas no gelo e na neve, também já foi escrita por Laura Amaro, um dos destaques do Brasil no… levantamento de pesos.
Com apenas 23 anos, a carreira da atleta carioca é marcada por diversos recordes e inúmeras “primeiras vezes.” Em 2021, Laura foi a primeira mulher brasileira a conseguir uma medalha em Mundial de levantamento de pesos adulto, no Uzbequistão. Ela foi prata na disputa do arranco nos 76kg, por ter levantado 108kg na prova.
Em 2022, bateu o recorde brasileiro de peso total levantado, nos Jogos Sul-Americanos de Assunção, pela segunda vez. A marca até então, de 237kg, era de Jaqueline Ferreira. Laura foi a primeira do país a conseguir a marca total de 247kg.
Em 2023, a brasileira conquistou a sua primeira medalha em Jogos Pan-americanos, a prata na categoria até 81kg. Com sorriso no rosto e medalha de bronze no peito, Laura se tornou apenas a terceira mulher a conseguir uma medalha em Pan.
Para entender melhor esses resultados históricos, é preciso voltar no tempo, mais precisamente a 2015. Aos 14 anos, Laura se destacou nas provas de velocidade e potência durante um processo seletivo para participar dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude em Lillehammer 2016. Depois de alguns meses de treinamento, ela viajou para a Noruega e se tornou a primeira mulher a competir no skeleton pelo Brasil em uma competição de nível olímpico.
“Foi lá que eu tive o meu primeiro contato com os valores olímpicos. Valores que eu, na Zona Norte do Rio de Janeiro, já cultivava, mas não sabia o nome. A busca por um esporte limpo, por uma competição o mais igualitária possível. Quem é atleta de verdade, quem tem esse sangue na veia, já tá dentro da gente. E eles começaram a pulsar mais intensamente dentro de mim”, diz Laura. “Competir é muito legal, mas você estar dentro desse ambiente olímpico é muito diferente.”
“Nunca tinha viajado de avião, nunca tinha visto neve e foi a primeira oportunidade que eu tive de competir internacionalmente”, contou Laura, que hoje está entre as melhores do mundo no levantamento de peso.
Carlos Aveiro, técnico de Laura desde a infância, afirma que a participação da atleta nos Jogos de Lilehammer 2016 contribuiu de forma significativa para os seus resultados. “Ela estar lá, bebendo dessa água do olimpismo, fez total diferença para ela estar hoje na corrida olímpica no levantamento de pesos”, afirma.
O coração que começou a ficar dividido há 8 anos, ainda segue com um pedacinho gelado, no bom sentido.
“No meu bolo de 15 anos tinha eu de vestido com peso em cima da cabeça e também o meu bonequinho fazendo skeleton. Quando voltei de Lillehammer, escolhi seguir no levantamento de pesos. Se tudo encaixar, ainda pretendo voltar para o gelo, mas penso mais no bobsled. É um esporte que sempre me chamou atenção pela potência de empurrar, poder controlar o carrinho nas manivelas”, contou.
“A maneira que esses esportes conversam entre si em mim não foi por acaso, tudo aconteceu de uma forma cronometrada e muito bonita na minha carreira”, completou Laura.
Clique aqui e veja o vídeo da história de Laura com o skeleton, o olimpismo e como isso a ajudou a estar entre as melhores do mundo no levantamento de pesos.
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